"(...) Certamente os Espíritos podem tornar-se visíveis e tangíveis para os animais, muitas vezes tomados de
súbito por esse pavor, que vos parece infundado e é causado pela vista de um ou vários desses Espíritos mal
intencionados para com os indivíduos presentes ou para os donos desses animais." (Revista Espírita – Jornal
de estudos psicológicos. Direção de ALLAN KARDEC. Ano IV, n.º 8, agosto/1861, EDICEL, São Paulo, p.264
São Casos de Mediunidade em Animais???
Papagaio Bob.
O papagaio-cinza africano após o animal ter salvado a vida de sua família. Apavorada com o fogo que começou dentro da casa localizada em Hampshire, a mascote gritou até acordar os moradores. As chamas tomaram conta da cozinha e, ao chegar perto do local onde o papagaio ficava, ele começou a gritar, despertanto Hal e seus dois.
Blue
Em julho de 2001, o cachorro Blue salvou a vida de sua dona, Ruth Gay, uma velhinha de 85 anos. Ela caminhava em seu quintal, na cidade de Fort Myers, na Flórida (EUA), quando caiu. Ficou no chão por cerca de uma hora e quando um dos crocodilos de um canal que fica próximo à sua casa começou a se aproximar, Blue começou a latir e espantou o réptil. Depois o cachorro foi até o carro de sua filha e genro que estavam chegando e latiu até que o casal o acompanhasse. Eles, então, encontraram a senhora.
Buddy
O pastor alemão pressionou a tecla de emergência do telefone, grunhiu e latiu quando o atendente perguntou se alguém precisava de ajuda. A intervenção canina acabou salvando a vida do dono, Joe Salnaker, que sofre de ataques epiléticos. O caso aconteceu em setembro de 2008, nos EUA.
Cão malaio
Apesar de não ter interferido diretamente, esse cãozinho impediu seu dono de cometer suicídio. Um morador de Kuala Lumpur (Malásia), que havia acabado de perder seu emprego, estava prestes a pular de uma ponte quando foi avisado que seu animal estava morrendo sufocado. Isso fez com que recuasse e desistisse de tentar a morte. O caso ocorreu em 6 de setembro de 2005.
Tatá
Os latidos da vira-lata chamaram a atenção de Almir Caldas. Debaixo de uma forte chuva, ele foi até o quintal de sua chácara, que fica trás de uma ferrovia, para ver qual era o problema. Encontrou Tatá com a corda da coleira esticada, levantando as patas na direção de um enorme buraco aberto pelas águas sob a linha do trem que atravessa o Campo Limpo, em São Paulo. Na tarde do dia 29 de março de 2006, o aposentado decidiu ficar sinalizando na frente da cratera de 15 metros e conseguiu evitar que um trem, com 250 passageiros, sofresse um acidente.
Gato Honey
Um gato salvou a vida de um homem e alertou toda uma vizinhança em Sacramento, no estado da Califórnia (EUA). Durante a madrugada, o animal percebeu a fumaça que saia da garagem e correu para o quarto de seu dono. Lá, pulou na cabeça do homem, o fazendo acordar e perceber o fogo que se alastrava pela casa. Honey ainda correu pela vizinhança junto do dono, alertando os moradores da rua sobre o perigo.Com a chegada dos bombeiros, o gato foi levado para o veterinário, onde se recupera. Ele engoliu muita fumaça.
Por que não é possível uma comunicação mediúnica com os animais? Se objetos materiais, que são matérias inertes, podem ser mediunizados, como as mesas girantes, cadeiras, entre outros, porque não os animais?
1) Vejamos o que Kardec diz no LIVRO DOS MÉDIUNS
130. Há um princípio que, estou certo, todos os espíritas admitem, é que os semelhantes atuam com seus semelhantes e como seus semelhantes. Ora, quais são os semelhantes dos Espíritos, senão os Espíritos, encarnados ou não. Será preciso que vo-lo repitamos incessantemente? Pois bem! Repeti-lo-ei ainda: o vosso perispírito e o nosso procedem do mesmo meio, são de natureza idêntica, são, numa palavra, semelhantes. Possuem uma propriedade de assimilação mais ou menos desenvolvida, de magnetização mais ou menos vigorosa, que nos permite a nós, Espíritos desencarnados e encarnados, pormo-nos muito
pronta e facilmente em comunicação. Enfim, o que é peculiar aos médiuns, o que é da essência mesma da individualidade deles, é uma afinidade especial ao mesmo tempo, uma força de expansão particular, que lhes suprimem toda refratariedade e estabelecem entre eles e nós, uma espécie de corrente, uma espécie de fusão, que nos facilita as comunicações. E, em suma, essa refratariedade da matéria que se opõe ao desenvolvimento da mediunidade, na maior parte dos que não são médiuns. (O Livro dos Médiuns - Cap. XXII - Perg. 236)
Dizem: os Espíritos "mediunizam" a matéria inerte e fazem que se movam cadeiras, mesas, pianos. Fazem que se movam, sim, "mediunizam", não! porquanto, mais uma vez o digo, sem médium, nenhum desses fenômenos pode produzir-se. Que há de extraordiinário em que, com o auxílio de um ou de muitos médiuns, façamos se mova a matéria inerte, passiva, que, precisamente em virtude da sua passividade, da sua inércia, é apropriada a executar os movimentos e as impulsões que lhe queiramos imprimir. Para isso, precisamos de médiuns, é positivo; mas, não é necessário que o médium esteja presente, ou seja consciente, pois que podemos atuar com os elementos que ele nos fornece, a seu mau grado e ausente, sobretudo para produzir
os fatos de tangibilidade e o de transportes.
O nosso envoltório fluídico, mais imponderável e mais sutil do que o mais sutil e o mais imponderável dos vossos gases, com uma propriedade de expansão e de penetrabilidade inapreciável para os vossos sentidos grosseiros e quase inexplicável para vós, unindo-se, casando-se, combinando-se com o envoltório fluídico, porém animalizado, do médium, nos permite imprimir movimento a móveis quaisquer e até quebrados em aposentos desabitados. (O Livro dos Médiuns - Mediunidade dos Animais)
2) Será que o princípio inteligente, que deve sobreviver nos animais como no homem, possuiria, em certo grau, a faculdade de comunicação como o Espírito humano? RESPOSTA: Na Revista Espírita - Maio de 1865. Observemos a comunicação transcrita sobre o assunto:
“(...) que o animal, seja qual for, não pode traduzir seu pensamento pela linguagem humana, suas idéias são apenas rudimentares; para ter a possibilidade de exprimir-se como faria o Espírito de um homem, ele necessitaria ter idéias, conhecimentos e um desenvolvimento que não tem, nem pode ter. Tende, pois,como certo, que nem o cão, o gato, o burro, o cavalo ou o elefante, podem manifestar-se por via mediúnica. Os Espíritos chegados ao grau da humanidade, e só eles, podem fazê-lo, e ainda em razão do seu adiantamento porque o Espírito de um selvagem não vos poderá falar como o de um homem civilizado”.
3) Sobre a percepção extra-sensorial dos animais. Encontramos isso aí abaixo:
Na Revista Espírita, Junho de 1860, pg 179, no artigo - O Espírito e o Cãozinho - é relatado o caso de um cão que percebia a presença do Espírito de seu dono, desencarnado havia pouco. É perguntado ao Espírito do rapaz por que meios o cão o reconhece, e ele responde: “A extrema finura dos sentidos do cão”.
Posteriormente o Espírito Charles comunica-se explicando:
“A vontade humana atinge e adverte o instinto dos animais, sobretudo dos cães, antes que algum sinal exterior o revele. Por suas fibras nervosas o cão é colocado em relação direta conosco, Espíritos, quase tanto quanto com os homens: percebe as aparições; dá-se conta da diferença existente entre elas e as coisas reais ou terrenas, e lhes tem muito medo”.
“(...) Acrescentarei que seu órgão visual é menos desenvolvido do que as suas sensações; ele vê menos do que sente; o fluido elétrico o penetra quase que habitualmente”.
Desse modo, compreendemos que o cão percebe a presença de Espíritos, não através da mediunidade, mas através da percepção peculiar acentuada e por ser, em princípio, constituído do mesmo fluido que os Espíritos.