VIDÊNCIA
—Questão 167 – São Médiuns dotados da faculdade de ver os espíritos.
—Questão 100 (27) – Todos são aptos a ver os Espíritos? Durante o sono, todos. Mas não quando estão acordados. No sono, a alma vê diretamente; quando estais acordados ela sofre em maior ou menor grau a influência dos órgãos. Eis porque as condições não são as mesmas.
Há os que gozam dessa faculdade em estado normal, quando estão perfeitamente despertos, e dela conservam uma lembrança exata; outros não a tem senão em estado sonambúlico ou próximo ao sonambulismo.
Por vezes, o médium não chega a ver com nitidez a figura: entrevê combinações e variações de cores, de acordo com a frequencia vibratória do ser que emite as radiações.
O corpo astral não possui órgão especializado para receber vibrações visuais; sendo ele
constituído de larga faixa de frequencia, que vai em escala ascendente desde a matéria
(sistema nervoso – córtex cerebral) até o espírito. Assim, o homem consegue ver as
imagens pelo perispírito e tem a capacidade de registrar os impulsos das vibrações
luminosas em qualquer parte de sua constituição: basta sintonizar.
Questão 167 - O médium vidente acredita ver pelos olhos físicos; mas na realidade é a alma quem vê, e essa é a razão pela qual vêem tão bem com os olhos fechados ou abertos. O médium vê através da mente, que, nesse caso, funciona à maneira de um prisma, um filtro que reflete, diversamente, quadros e impressões, idéias e sentimentos iguais na sua origem.
Como Funciona
Através do chakra frontal (hipófise) – que recebe as vibrações e as transforma em faixa vibratória e possibilita a
visão espiritual.
visão espiritual.
Esse chakra também é chamado de terceiro olho |
O mentor espiritual responsável pela preparação do fenômeno da vidência, aproxima-se do médium e aplica-lhe forças magnéticas sobre o seu chakra coronário, que sensibiliza e ativa a glândula pineal fazendo-a produzir um hormônio chamado melatonina.
A melatonina é direcionada para o globo ocular físico, isolando-o momentaneamente do nervo ótico, que é responsável pela condução das imagens ao cérebro, como o nervo ótico não receberá imagens, o médium “perderá” temporariamente a visão física.
Em seguida, o mentor espiritual por processos fluídicos, aumenta a tela fluídica através da alteração da velocidade do chakra frontal, permitindo que imagens vistas pelos olhos
perispirituais do médium chegue até o nervo ótico físico e através deste sejam conduzidas até ao cérebro físico, na parte do córtex cerebral responsável pela visão, assim o médium
passa a ver as coisas do mundo espiritual.
A VISÃO É CONSTANTE?
Essa faculdade raramente é permanente e é, quase sempre, o efeito de uma crise momentânea e passageira. É providencial que a vidência não seja constante. A vidência é protegida por filtros que são defesas psíquicas do médium, fazendo com que ele veja aquilo que seja possível. Estamos rodeados de espíritos e vê-los a todos e a todo
Esta faculdade raramente é permanente e é, quase sempre, o efeito de uma cris
momento nos perturbaria e embaraçaria as nossas ações, tirando-nos a iniciativa.
Julgando-nos sós, agimos mais livremente.
Questão 100 – Aquele que vê um espírito pode conversar com ele? Perfeitamente, às vezes como um pessoa viva, mas na maioria das vezes por transmissão de pensamento. O médium ouve através do mesmo chakra frontal. É um som inarticulado, “sentido” dentro do cérebro, mas ao mesmo tempo com todas as características da palavra articulada. A ideia
penetra de forma audível.—
Estudo de Casos – itens 169, 170, 171
169. Assistimos certa noite à representação da ópera Obéron ao lado de um excelente médium vidente. Havia no salão grande número de lugares vazios, mas muitos estavam ocupados por Espíritos que pareciam acompanhar o espetáculo. Alguns se aproximavam de certos espectadores e pareciam escutar as suas conversas. No palco se passava outra cena: por trás dos atores muitos Espíritos joviais se divertiam em contracená-los, imitando-lhes os gestos de maneira grotesca. Outros, mais sérios, pareciam inspirar os cantores, esforçando-se por lhes dar mais energia. Um desses mantinha-se junto a uma das principais cantoras. Julgamos as suas intenções um tanto levianas e o evocamos após o baixar da cortina. Atendeu-nos e reprovou com severidade o nosso julgamento temerário. “Não sou o que pensas, — disse, — sou o seu guia, o seu Espírito protetor, cabe-me dirigi-la”. Após alguns minutos de conversação bastante séria, deixou-nos dizendo: “Adeus. Ela está no seu camarim e preciso velar por ela”. Evocamos depois o Espírito de Weber, autor da ópera, e lhe perguntamos o que achava da representação. “Não foi muito má, — respondeu, — mas fraca. Os atores cantam, eis tudo. Faltou inspiração. Espera, — acrescentou, — vou tentar insuflar-lhes um pouco do fogo sagrado”! Vimo-lo então sobre o palco, pairando acima dos atores. Um eflúvio parecia se derramar dele para os intérpretes, espalhando-se sobre eles. Nesse momento verificou-se entre eles uma visível recrudescência da energia.
170. Eis outro fato que prova a influência dos espíritos sobre os homens, sem que estes o percebam. Assistimos a uma representação teatral com outro médium. Conversando com um Espírito espectador, disse-nos ele: Estás vendo aquelas duas senhoras sozinhas num camarote de primeira? Pois bem, vou me esforçar para tirá-las do salão. Dito isso, foi se colocar no camarote das senhoras e começou a falar-lhes. Súbito as duas, que estavam muito atentas ao espetáculo, se entreolharam, parecendo consultar-se e a seguir se foram, não voltando mais. O Espírito nos fez então um gesto gaiato, significando que cumprira a palavra. Mas não o pudemos rever para pedir-lhe maiores explicações. Muitas vezes fomos assim testemunhas do papel que os Espíritos exercem entre os vivos. Observamo-los em diversos lugares de reunião: em bailes, concertos, sermões, funerais, núpcias, etc., e em toda parte os encontramos atiçando as más paixões, insuflando a discórdia, excitando as rixas e regozijando-se com suas proezas. Outros, pelo contrário, combatem essa influência perniciosa, mas só raramente são ouvidos.
171. Uma senhora viúva, cujo marido se comunica freqüentemente com ela, encontrou-se um dia com um médium vidente que não a conhecia, nem à sua família, e o médium lhe disse: “Vejo um Espírito ao vosso lado”. – “Ah, disse a senhora, é sem dúvida o meu marido, que quase nunca me deixa”. – “Não, respondeu o médium, é uma senhora de certa idade, que está penteada de maneira estranha, com uma fita branca na testa”. Por esta particularidade e outros detalhes descritos, a viúva reconheceu sua avó, sem perigo de erro, e na qual nem sequer pensava nesse momento. Se o médium quisesse simular a faculdade, seria mais fácil aproveitar o pensamento da senhora. Mas ao invés do marido que a preocupava ele viu uma mulher, com um penteado especial de que nada lhe poderia dar idéia. Este caso prova ainda que a visão do médium não era o reflexo de qualquer pensamento alheio. (Ver nº 102).(LM Cap. VI e XVI, C. Pastorino)
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